Salvando Mamíferos Marinhos: Uma Batalha Contra a Negação Climática e o Retrocesso de Políticas
Ciência 4 dias atrás
A Lei de Proteção aos Mamíferos Marinhos, promulgada em 1972, foi fundamental para evitar extinções e auxiliar na recuperação de espécies como as baleias-cinzentas e os elefantes-marinhos-do-norte. No entanto, esforços legislativos recentes buscam enfraquecer essas proteções, citando o crescimento econômico como prioridade. Propostas republicanas, como as do deputado Nick Begich, visam reduzir as salvaguardas contra "captura incidental", que inclui mortes causadas por exploração de petróleo e equipamentos de pesca. Críticos argumentam que isso pode devastar populações já vulneráveis.
Apesar dos sucessos da Lei, nem todas as espécies prosperaram. As baleias-francas-do-Atlântico-Norte, que hoje somam apenas 370 indivíduos, enfrentam alta mortalidade devido a colisões com navios e emaranhamento em equipamentos de pesca. Os peixes-boi da Flórida, embora tenham sido retirados da lista de espécies ameaçadas em 2017, sofreram quase 500 mortes apenas este ano por colisões com barcos e poluição por algas. Oceanos mais quentes agravam ainda mais essas ameaças, prejudicando a disponibilidade de presas e aumentando o estresse nos ecossistemas marinhos.
A batalha pela proteção dos mamíferos marinhos reflete um conflito mais amplo entre conservação e interesses industriais. Enquanto os corais branqueiam e as florestas de algas desaparecem, a urgência em defender essas leis cresce. Defensores alertam que retroceder nas proteções agora pode desfazer décadas de progresso, deixando os mamíferos marinhos vulneráveis à mesma exploração que um dia os levou à beira da extinção.