Retirada de Gaza: Um Alerta de 20 Anos para a Paz

Há duas décadas, a retirada de Israel de Gaza foi celebrada como um passo ousado rumo à paz, mas, em vez disso, tornou-se um terreno fértil para o terrorismo liderado pelo Hamas. A ausência de governança básica permitiu que extremistas explorassem o vácuo, transformando Gaza em um reduto militante, e não em um modelo para a soberania palestina. A pressa da comunidade internacional por soluções sem garantir estabilidade teve um efeito contrário espetacular.

Hoje, novos apelos pelo reconhecimento de um Estado palestino correm o risco de repetir os mesmos erros. A Autoridade Palestina, não reformada e marcada por corrupção e instituições frágeis, reflete a disfunção de Gaza antes do Hamas. Sem o desmantelamento de redes terroristas e a criação de uma governança transparente, um reconhecimento prematuro pode consolidar o fracasso. Recentes mudanças diplomáticas, como o reconhecimento unilateral pela França, fortaleceram o Hamas em vez de incentivar o compromisso.

O caminho para a paz exige paciência e reformas baseadas em princípios, não gestos simbólicos. Estados árabes agora condenam o Hamas e exigem lideranças comprometidas com a coexistência, enquanto o discurso ocidental permanece polarizado. Uma solução sustentável de dois Estados deve surgir do reconhecimento mútuo e de garantias de segurança, não de prazos impostos. A história mostra que autonomia sem responsabilidade leva ao caos—uma lição que o mundo não pode ignorar.

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